ATB - Aliança Transformers Brasil

Os Dias Mais Felizes de Megatron

Autora: RITA MARIA FELIX DA SILVA


Dedicatória: Dedico este conto ao amigo que encontrei em uma das salas do Mirc, que usava o “nickname” de “Megatron” e que me proporcionou um dos melhores diálogos dos quais já participei na Internet. Foi a partir de uma de suas frases (“Por que você não escreve uma história em que Megatron derrota o Optimus Prime?”) que esta história se inspirou e desenvolveu-se.


Parte 6: "Ponto de Fusão"

“Após aquele fatídico discurso, algo passou a incomodar cada Decepticon: então, isso era tudo? Nossa vitória sobre um universo inteiro nada mais fora do que um outro passo na interminável guerra pessoal de Megatron... Contra um fantasma?

A partir daquele ponto, passamos a viver desconcertados e afligidos por algo que pensávamos ter abandonado quando o primeiro de nós aprendeu a arte da transformação... Consciência.

É verdade que a propaganda dos extintos Autobots fizera com que as outras espécies vissem a nós, Decepticons, como nada mais do que vilões e demônios tecnológicos, todavia a realidade era bem diferente.

Escolhidos entre todos pela Grande Mente, éramos guerreiros e conquistadores: por direito e destino devíamos destruir nossos inimigos e governar o Universo. Porém, Megatron, em sua loucura, havia transformado a todos nós em meros genocidas. Esse sentimento corroía nossos circuitos, mas o temor que tínha-mos de nosso líder mantinha a todos pacíficos e silenciosos.

Contudo, quando se aproximava o Tel-Yonth-Yamath – no qual celebramos a ocasião em que os Criadores deram vida ao primeiro Transfomer – Megatron dirigiu-se a toda Cybertron e denunciou que havia uma trama para destroná-lo.

Todos sabíamos que isto não era verdade, pois, apesar do descontentamento, ninguém teria coragem de arquitetar contra Megatron. Porém, no que se tornaria uma de nossas mais trágicas datas, ele cancelou o Tel-Yonth-Yamath e ordenou a prisão e execução de mil dos mais proeminentes Decepticons.

Talvez nosso líder houvesse apenas enlouquecido, vítima daquilo que ele chamava de “felicidade”... De qualquer forma, sabíamos que os Decepticons acusados eram inocentes, porém, covardemente, curvamos nossas cabeças, guardamos nosso silêncio e, diante, da rede mundial de vídeo, assistimos a nossos irmãos serem atirados às fornalhas... E gritarem... E derreterem...”


(continua)
[ capítulo 7 ]